sábado, 3 de novembro de 2012

Porque é que as pessoas que sabem tudo sobre sexo são ingénuas e estúpidas?



Este é assunto que sempre me preocupou e arreliou, eu que ando sempre a ver se “pesco” mais qualquer coisinha de um assunto, aparecem sempre doutorada(o) s.

A gente sabe que a sexualidade, mas a da malandrice, nos faz imaginar muitas coisas boas e muitas soluções para as ter. Melhor que tudo, quando mais treinarmos as nossas fantasias malandras mais nos tornamos perspicazes e inteligentes a resolver qualquer coisa da vida.

É meia bola e força! Temos sempre aquela adrenalina de quem vai descobrir como jogar à bola sem miúdas por perto ou levar a namorada à “verdade e à vida” sem que ninguém se aperceba.

O Sr McDougall  disse:
“ Sexualidade Humana: Uma Busca Eterna?” – Um primeiro reconhecimento do terreno é efectuado e as bases da expedição estabelecidas: ao conflito frente ao mundo pulsional e as castrações do mundo exterior, segue-se uma descoberta traumática: a diferença dos sexos; ao período edipiano, na sua dimensão homossexual e heterossexual que leva a criança a desejar possuir os dois sexos, segue-se a maior ferida narcísica do ser humano: assumir sua monossexualidade”

Já repararam que éramos como o caracol? Com os dois sexos? 

Hermafroditas?
Sabíamos tudo sobre sexo rotineiro sem fantasia.

Mas isso tinha alguma piléria?

Mas agora temos uma dicotomia terrível, a teoria e a prática.

Se eu for dizer ao Zezé Camarinha se ele sabe tudo sobre sexo, ele diz-me logo; Porquê? Tás a precisar?

Não deu uma resposta teórica nem prática mas expressou uma hipótese convicta de ajuda se eu estivesse precisasse.
Muita prática, pouca teoria e …a ver vamos! Honesto no seu trabalho.

Se falar com a Lúcia, a puta mais velha de Matosinhos, levo uma corrida “em pelo”: Aqui só entra quem trabalha! Mas se perguntarem os critérios de arregimentação ela diz, obedece e estás contratada.

Estes praticam muito mas é tudo em função do ranking.

Há subespécie das barracas que vão a todas, mas isso é outro assunto.

Agora temos que pensar nos teórico-práticos.

Muitos assanham-se e gostam, mas nem pensar que se perceba.

Licenciados, classe média, casa na periferia, emprego razoável, fazem fins-de – semana e férias juntos.

Adoram falar de intimidades para parecerem muito contemporâneos, riem-se muito e têm momentos de conversa verdadeiramente íntimos e sérios.

Como educamos os nossos filhos?
Falam da necessidade urgente da educação sexual nas escolas porque eles fazem imenso em casa; desde que a cria nasceu compram-lhe todos os anos um livro com ilustrações:

O pénis, ouviste? Não se diz pilinha.
A vulva, não se diz pachacha!
Então o pénis entra na vulva e se a visita correr bem porque não está lá a luteína as células com rabinho, que são os espermatozóides vão nadar numa grande bola vazia , mãe tem, que é o útero, à procura de um ovo (não dos do Continente) mas pequeninos e entram para lá a rabiar.

Recuso-me aqui a fazer as várias explicações que vão fazendo ao longo dos anos até aquela idade que os filhos, que são muito inteligentes, dizem: contam-me isso logo que agora vou andar de bicicleta.

É que estas bestas existem e tentam reproduzir-se!

Os casais têm sempre o diálogo e a postura de quem vê os programas todos da nossa sexóloga de serviço, a MC, que fala, fala, como quem está a dar receitas da Bimby e nunca deu uma queca na vida, não se fosse despentear (…) e pega nos brinquedos sexuais como se fossem esfregões da loiça que lhe estragam as unhas todas.
 Devia ser responsabilizada pela diminuição da líbido em todos os Países que aquele programa passa.

Esses se se descompõem, lavam-se todos antes de aparecer, por sexo é “solto, mas clean”.
Já me esquecia, às vezes ouvem o Machado Vaz e dizem que ele está velho-também tem idade para isso.

E depois há aqueles que são teórico-práticos e gargarejo.
O pessoal, que às escondidas ou em grupo restrito vê filmes pornográficos.

Porque imaginação já se foi, ainda têm umas coisas para aprender, ou vou ali ver umas coisas que não faço com a minha Maria.

Mas são todos muito mais criativos e inteligentes dos que sabem tudo sobre sexo.

Proíbam a educação sexual nas escolas, educa-se pelos modelos e retirem esses livros para bestas das livrarias.

Nota: Escrevi este texto pelas coisas que me passam pela cabeça, mas se não tivesse existido o Dr. João dos Santos não pensava desta maneira.














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