Quem como eu é devota á teoria hermenêutica do Sr. Freud do desenvolvimento humano, arroja-se a falar nas barbaridades que o Mestre proferiu e mais uns pozinhos porque a psicanálise não morreu com ele.
Felizmente! O Sr. que teve o descaramento de acabar com as ciências exactas, descobriu um inconsciente que desordena os enigmas todos. Até os matemáticos se atiraram ao ar.
Azar! Trabalhem mais porque a matemática ficou muito mais criativa, nem todos os Teoremas se completam e explicam, agora é mais para artistas.
Mas o Sr. Freud dividiu-nos em 4 fases na infância em função da nossa zona erógena: Oral, Anal, Genital e depois o período de latência, ou o descanso do guerreiro, deixem-se de procuras tortuosas (as pilinhas e as chiribicotinhas) e vão para a escola, até ao início da adolescência que tudo volta à carga, já com mamas e pelos púbicos.
Mas não é nada disto que eu quero falar (…) É mesmo da merda de onde vem traição e à merda que ela leva!
Quando uma pessoa fica numa fase de desenvolvimento e não avança, ficam fixados, mesmo com 80 anos têm comportamentos de 3 anos.
A fixação na fase anal estimula traidores, porque isto de ter prazer em reter o chichi e o cocó, saber que é uma grande porcaria, e ao mesmo tempo oferecem à mãe e ao pai, sabendo que lhes estão a dar merda, sem eles saberem quando e que ficam todos contentes é uma grande sacanice. E só dão quando lhes apetece, é uma grande traição!
Agora que já sabemos que traição é sempre merda, para reter ou oferecer, não podemos generalizar.
Dizer que um homem trai a mulher porque é a sua natureza, é uma generalização infeliz. Eles podem trair por muitos motivos tal como elas.
Há o homem que perdeu a capacidade de se “erguer” e faz conquistas inócuas para provar que ainda faz qualquer coisa, nem que seja com as cordas vocais…
Há o homem que trai culturalmente, porque foi assim educado…
Há o homem que engata e trai, para passar o tempo…
(…) Há a mulher que trai porque precisa de ser bajulada…
Há a mulher que trai porque está farta do cromo a quem jurou eterno amor…
Há a mulher que trai porque está muito desocupada… (…)
Deixemo-nos de namorados e casais e vamos a amigos e família.
Agora preciso de ir à definição.
“Traição, como uma forma de decepção ou repúdio da prévia suposição, é o rompimento ou violação da presunção do contrato social (verdade ou da confiança) ”
Quando eu andava na primária e mais, na fase das amigas íntimas, isto acontecia. Ter uma amiga e aparecer outra que ocupava o meu lugar! Sofria, chorava, revoltava-me e depois aceitava (…) Era uma novidade para a minha amiga, eu se calhar também ia arranjar uma amiga íntima outra vez, mas com cuidado para não voltar a ser traída.
Coisas de adolescência que estão explicadas nos tratados.
Em adulta quando faço um contrato com alguém, quando me comprometo a cumprir e não falho espero que seja mútuo. Não aceito que me digam, vou ali falar com o inimigo e trazer novas para ti, quando é o inimigo mascarado a falar comigo.
Isso parece uma cena da guerra dos 100 anos!
Não folguem as costas que há muita gente por aí fixada na “fase anal”.
Sou teimosa e uma mulher de fé.
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