sexta-feira, 2 de novembro de 2012

A Traição é mesmo um assunto de cocó e chichi


Quem como eu é devota á teoria hermenêutica do Sr. Freud do desenvolvimento humano, arroja-se a falar nas barbaridades que o Mestre proferiu e mais uns pozinhos porque a psicanálise não morreu com ele. 

Felizmente! O Sr. que teve o descaramento de acabar com as ciências exactas, descobriu um inconsciente que desordena os enigmas todos. Até os matemáticos se atiraram ao ar.

Azar! Trabalhem mais porque a matemática ficou muito mais criativa, nem todos os Teoremas se completam e explicam, agora é mais para artistas.

 Mas o Sr. Freud dividiu-nos em 4 fases na infância em função da nossa zona erógena: Oral, Anal, Genital e depois o período de latência, ou o descanso do guerreiro, deixem-se de procuras tortuosas  (as pilinhas e as chiribicotinhas) e vão para a escola, até ao início da adolescência que tudo volta à carga, já com mamas e pelos púbicos. 

 Mas não é nada disto que eu quero falar (…) É mesmo da merda de onde vem traição e à merda que ela leva!

 Quando uma pessoa fica numa fase de desenvolvimento e não avança, ficam fixados, mesmo com 80 anos têm comportamentos de 3 anos. 
A fixação na fase anal estimula traidores, porque isto de ter prazer em reter o chichi e o cocó, saber que é uma grande porcaria, e ao mesmo tempo oferecem à mãe e ao pai, sabendo que lhes estão a dar merda, sem eles saberem quando e que ficam todos contentes é uma grande sacanice. E só dão quando lhes apetece, é uma grande traição!
 Agora que já sabemos que traição é sempre merda, para reter ou oferecer, não podemos generalizar.
 Dizer que um homem trai a mulher porque é a sua natureza, é uma generalização infeliz. Eles podem trair por muitos motivos tal como elas. 

Há o homem que perdeu a capacidade de se “erguer” e faz conquistas inócuas para provar que ainda faz qualquer coisa, nem que seja com as cordas vocais…

 Há o homem que trai culturalmente, porque foi assim educado…

 Há o homem que engata e trai, para passar o tempo… 

(…) Há a mulher que trai porque precisa de ser bajulada…

 Há a mulher que trai porque está farta do cromo a quem jurou eterno amor…

 Há a mulher que trai porque está muito desocupada… (…)

 Deixemo-nos de namorados e casais e vamos a amigos e família.

 Agora preciso de ir à definição. 

“Traição, como uma forma de decepção ou repúdio da prévia suposição, é o rompimento ou violação da presunção do contrato social (verdade ou da confiança) ”

Quando eu andava na primária e mais, na fase das amigas íntimas, isto acontecia. Ter uma amiga e aparecer outra que ocupava o meu lugar! Sofria, chorava, revoltava-me e depois aceitava (…) Era uma novidade para a minha amiga, eu se calhar também ia arranjar uma amiga íntima outra vez, mas com cuidado para não voltar a ser traída. 
Coisas de adolescência que estão explicadas nos tratados. 

Em adulta quando faço um contrato com alguém, quando me comprometo a cumprir e não falho espero que seja mútuo. Não aceito que me digam, vou ali falar com o inimigo e trazer novas para ti, quando é o inimigo mascarado a falar comigo.

Isso parece uma cena da guerra dos 100 anos!

Não folguem as costas que há muita gente por aí fixada na “fase anal”. 

Sou teimosa e uma mulher de fé. 


Nota: O que mais me preocupa é a instrumentalização da amizade. O Facebook torna-a eficaz, tal como se tivesse saído de uma linha de montagem. É exactamente o que a amizade não deveria ser, se pretendemos que continue a ser humana e que os amigos continuem a ser valorizados como pessoas. A amizade é suja. É difícil. Tem cheiro. Às vezes, até mau hálito. É imprevisível e, por vezes, perigosa. E no facebook só costumo dar conversa a gente com “afinidades”, mesmo assim é cada sobressalto!




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